sexta-feira, 13 de abril de 2018

TCE-RS ordena suspensão da extinção da Fundação Piratini; governo recorre

Nesta quinta-feira (12), o Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul (TCE-RS) Cezar Miola, determinou que fossem suspensas temporariamente as extinções de entidades governamentais, incluindo a Fundação Cultural Piratini, gestora da TVE RS e FM Cultura. A medida cautelar impede que o governo Sartori execute ações que resultem em demissões e desfaça estruturas administrativas e operacionais das instituições do estado.

Além de impedir as ações, o conselheiro solicitou que seja feita fiscalização direta nas fundações no prazo de 20 dias, com o propósito de identificar planos de transição que resultem nas extinções das organizações. Miola pediu também a comprovação da continuidade dos serviços ofertados pelas mesmas. O processo de extinção da Fundação Piratini foi aprovado pela Assembleia Legislativa no ano de 2016 e o Governo do Estado já havia planejado o encerramento das instituições para 17 de abril.

“Para além da importância das atividades desempenhadas pelas fundações, o conjunto probatório carreado aos autos evidencia a urgência em assegurar a prestação dos serviços atinentes a cada uma delas, e, consequentemente, em impedir qualquer desfazimento das relações jurídicas tituladas pelos servidores a elas vinculados, em  nome do princípio da continuidade administrativa e do direito público subjetivo à boa administração, sob pena de iminente e irreparável dano ao interesse público”, destaca o documento que determina a suspensão das ações.

Ao receber a medida cautelar, o governo informou que vai recorrer da decisão sob justificativa de enxugar a máquina, mantendo os serviços mais relevantes prestados pelas fundações. De acordo com o Secretário de Planejamento, Governança e Gestão do Estado Josué Barbosa, “todas as ações estão legitimadas pelo processo democrático”, e complementa que as equipes direcionadas a este trabalho, estão agindo conforme acordo com o planejamento para cumprir a legislação e com cautela para zelar pelo patrimônio público.

Segundo Josué, a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) está acompanhando todas as questões jurídicas referente ao caso, a partir dessa liminar, o governo deverá interromper a continuidade do processo e aguardará a decisão. “Após, podemos elaborar um novo calendário para seguir os trabalhos”, afirma.

Foto: Dilermando Dias, 2018.

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